Postado em 28/set/2016
Aryane Souza
Se apenas a ideia de poder contribuir com o meio ambiente não estimula empresas a praticar atitudes mais sustentáveis, talvez o bolso estimule. Na atualidade é notório a crescente produção e uso de aparelhos eletroeletrônicos, o que tem aumentado a geração dos “lixos” eletrônicos e o consumo de matérias primas. Ambas as questões podem ser solucionadas através da Logística Reversa, que é:
“instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada” (PNRS, 2010).
Utilizando-se de tal ideia é possível que as empresas recolham os aparelhos que seriam jogados no lixo e os reutilizem. E, note que, essa não é só uma questão ambiental, mas também financeira.
Ao recolher tais produtos as empresas estão recuperando materiais como cobre, cádmio e até ouro, que podem ser utilizados em novos aparelhos. Isso faz com que elas gastem menos na compra desses componentes, e, consequentemente, minimizem a quantidade de matérias primas retiradas da natureza.
Em uma reportagem da EXAME vemos um exemplo real sobre a questão, com o caso da Apple, que em seu relatório anual sobre meio ambiente publicou a relação dos produtos recuperados através da logística reversa e seu lucro. A empresa recuperou mais de uma tonelada de metal precioso e teve um retorno aproximado de 40 milhões de dólares. A Apple foi capaz de recuperar quase 28 mil toneladas de metais que seriam desperdiçados em iPhones, MacBooks e outros produtos. Entre os materiais recuperados pela empresa estavam aço, alumínio, prata e vidro.
Referências:
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=636
http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/apple-reencontra-pote-de-ouro-de-us-40-mi-com-reciclagem